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Games autorais

Além de divertido, construir conhecimentos através do desenvolvimento de games nos permite uma série de possibilidades. Através de uma linguagem multidisciplinar, podemos abordar questões que partem do espaço público, mas que também podem explorar ideias que vão além do universo factual.

Embora estejam publicados na internet, os jogos que produzimos são voltados para a circulação presencial. Iniciando os trabalhos em 2009, oferecemos as atividades  com games em diversos lugares, como Ongs, praças, aparelhos culturais e alguns colégios. Inicialmente oferecendo os chamados games de prateleira, estes que encontramos nas principais plataformas de jogos, foi em 2014 que começamos a produzir de maneira autoral e também oferecer esta possibilidade ao público.

Sempre em diálogo com a pesquisa acadêmica, a criação destes games reflete os resultados de um persistente processo reflexivo. Ao longo dos anos, nosso processo de pesquisa vêm pensando sobre diversas questões relacionadas ao espaço público (e portanto, político), educação social e minorias políticas. Dentre elas, destaco questões relacionadas à periferias, e especialmente sobre raça.

Multidisciplinar por natureza, nossos games autorais também tem fortíssima influência do dia a dia no espaço público. Nascendo na oralidade, a criação é tida como uma ferramenta expressiva que é usada para contar nossas próprias histórias. Ou seja, histórias do dia a dia, as quais nascem na vivência dos nossos corpos e desembocam no coletivo.

Podendo ser usada de muitas maneiras, a abordagem que você verá por aqui muitas vezes contradiz os padrões comerciais encontrados em outros jogos. Pensando sempre no espaço público e conhecimento compartilhado, as técnicas de criação são aprendidas pelas pessoas que criam estes jogos como ferramentas expressivas que funcionam sob a perspectiva de contar histórias. Em outras palavras, a intenção é que o culto à tecnologias de ponta dê lugar a uma produção mais popular, com mais simplicidade, e que é usada especialmente para contar as nossas próprias histórias.

Por fim, é a partir delas que as dinâmicas acontecem. São histórias do cotidiano, das dificuldades e alegrias encontradas no viver. Partindo de conhecimentos que não nasceram hoje, elas nascem através de um processo de idas e vindas, numa temporalidade circular que às vezes nem sabemos se está no passado, presente ou futuro. Andando juntas, as histórias contadas nos games e através de nossos professores nascem de uma nacionalidade hifenizada, a afro-brasileira. Ela aprende com a ancestralidade, se vê diante dos desafios de hoje e, não contente com o mundo em que vive, vislumbra novas ideias através de pensamentos para o futuro.

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Trilogia Sankofa Arcade

Trilogia Sankofa Arcade é o mais recente projeto de videogames afrofuturistas da Game e Arte. A atividade convida as pessoas a mergulhar nos jogos autorais 'É Doce!', 'Ilê' e o lançamento do ano ORE, explorando narrativas que vão da doçura na distribuição de doces da Ibeijada, ou Festa de São Cosme e Damião, à crise interplanetária criada com a iminente destruição da Terra. Criado a partir da ideia de circularidade do tempo - Sankofa - os games entrelaçam passado, presente e futuro por meio da história de três mulheres negras em uma experiência afrofuturista.

A trilogia original de Sankofa Arcade é composta pelas obras É Doce! Ilê e Ore.

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É Doce!

Colete a maior quantidade de doces e não seja pego pelas pessoas da vila!

“É doce!” é um jogo arcade,  single player , inspirado na tradição popular da distribuição de doces para crianças em meados de setembro. O jogo se passa numa vila periférica brasileira, na década de 90. 

Você vive o desafio de coletar a maior quantidade de doces até o final do dia. Lembre-se, você pode encontrar alguns obstáculos nessa missão. Por isso, encontre o melhor caminho, colete doces e divirta-se, porque todo dia, é dia de doce! 

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Ilê

Reúna os símbolos de poder e defenda seu lar

Ilê é um jogo arcade inspirado nos jogos de batalhas interestelares dos anos 80. Reunindo conhecimentos, ancestralidade e força, você defenderá Ilê, um novo quilombo interplanetário criado após a destruição do planeta Terra.

 

Estamos num futuro distante, não há mais Terra. Porém, a luta por sobrevivência ainda persiste. Enquanto Ilênianos defendem seu lar, os marcianos - nossos velhos conhecidos - seguem invadindo e explorando recursos naturais e tecnologias. Sim, eles querem apagar nosso conhecimento ancestral. 

Use sua sabedoria para defender Ilê! 

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Ore

Recolha as lembranças de uma amizade ancestral

ORE é um jogo de quebra-cabeças sobre a amizade entre uma filha e sua mãe. Recupere as memórias de Lili, retome sua ancestralidade e reconecte-a com a mulher do presente que é.

Você é Lili, uma mulher que está perdida dentro de si, e que busca por lembranças do passado. Através de uma jornada por memórias do dia a dia com sua mãe, ela busca vestígios para ajudá-la a se reconectar com a mulher do presente que é.

 

Colete os objetos, ouça a voz ancestral e encontre seu eu.

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Amora

Amora é um pocket game  sobre uma vampira que quer transmitir seu amor à um humano! Contudo, por ser de outra espécie, Amora sempre se atrapalha e, ao invés de amor, transforma sua querida paixão em outro vampiro.

Embora ainda flerte com a distopia de ser uma vampirona, Amora tenta mostrar à seu amor humano que suas diferenças, na verdade, podem torna-los mais fortes.

 

Embora ainda flerte com a distopia de ser uma vampirona, Amora tenta mostrar à seu amor humano que suas diferenças, na verdade, podem torná-los mais fortes.

Um pocket game para jogar, pensar e se sentir bem.

"Muitos são os desafios, não ficarei no vazio. Você pode duvidar, mas no final, vou te encontrar! Não haverá muros que lhe impedirão de ser feliz."

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A Nova Califórnia

A Nova Califórnia é uma adaptação do conto homônimo da literatura negra brasileira, escrita originalmente em 1910 por Lima Barreto.

Tubiacanga, 1910. Uma cidade pacata do interior do Rio de Janeiro vive o mais nojento crime de sua história: o roubo de ossos de defunto!

Por que, afinal de contas, roubar ossos dos entes queridos?

Coincidência ou não, um novo forasteiro chega à cidade. Seria ele uma pessoa importante, ou um falsificador de moedas? Teria ele, parte com o Tinhoso?

Bastos, o boticário mais famoso da cidade, resolve investigar.

E o grande desejo de Bastos, é claro… encontrar A Nova Califórnia.

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Tubiacanga, 1910. Uma cidade pacata do interior do Rio de Janeiro vive o mais nojento crime de sua história: o roubo de ossos de defunto!
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